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faixa Deus é amor

É chegada a hora de se encerrar a crueldade na Terra, tempo de todos os filhos de Deus unirem-se
num mesmo afeto,
num mesmo caminho e de mãos maiores auxiliarem pequenas mãos, pequenas patas, pequenos pés.

São tempos de esquecermos o corpo e vermos o espírito, esquecermos as diferenças evolutivas e vivenciarmos o amor, pois é esta a vontade de Deus, uma vez que Deus é o amor puro,
em todas as suas formas ♥

 

Origem da Umbanda

 

A Umbanda é uma religião brasileiríssima que prega a humildade,
a simplicidade, o amor e a caridade. 

É monoteísta, composta por um Deus único que é o Criador de tudo e de todos,
mas que nos enviou os seus Mensageiros de Luz (Orixás e Falangeiros) para nos ajudar
em nosso autoconhecimento e em nossa evolução. Dessa forma, a Umbanda é uma
religião genuinamente brasileira que acoplou à sua essência fundamentos
africanos (candomblé), indígenas, católicos, orientais e kardecistas.

De fato, do século XVI ao XIX, negros africanos foram escravizados no Brasil,
trazidos de várias regiões da África, como os Iorubás (da Nigéria), os Fons (Benin),
os Bantus (Angola, Congo, Guiné, Moçambique e Zaire).

Como tudo que é diferente causa temor a aqueles que não têm humildade e sabedoria para procurar estudar e compreender o que se apresenta, os escravocratas sentiram-se intimidados com a religiosidade ímpar praticada pelos negros.  Os senhores de escravos passaram a atribuir qualquer fato ruim que acontecia à religiosidade dos escravos. Com isso, o culto africano foi proibido, sendo atribuída penas severas aos que fossem surpreendidos com qualquer objeto ou prática religiosa diversa da Católica, religião oficial do Brasil naquela época.

Todavia, firmes na fé, os negros continuaram com a sua devoção aos Orixás, mas de forma sigilosa. Eles começaram a associar os santos católicos aos Orixás como, por exemplo, São Jorge seria Ogum, uma vez que era um santo guerreiro que empunhava a sua espada para defender os seus filhos contra o mal, e assim por diante, sendo que muitos objetos do culto africano foram escondidos dentro de imagens católicas ocas (daí a expressão: “santo do pau oco”).

Com a libertação dos escravos, os negros foram jogados à própria sorte, continuando a colher os dissabores da escravidão. Porém, no plano astral, os espíritos evoluídos de negros e índios, entre outros, continuavam a sua batalha pela humanização do coração do ser humano para que houvesse menos sofrimento em nosso planeta.

Não há como saber ao certo a data da primeira manifestação da Umbanda em um terreiro próprio para a sua liturgia, uma vez que a ordem cósmica determinava a incorporação dos falangeiros dos Orixás em diversos Estados brasileiros. 

Nesse sentido, vários falangeiros já trabalhavam incorporados em médiuns que frequentavam vários terreiros espalhados pelo Brasil e que atraíam muitas pessoas, desde os mais simples aos mais abastados, que buscavam orientação e cura aos seus males.

Essas vertentes religiosas praticavam religiões fundamentadas no espiritualismo, como o Catimbó, a Macumba, o Xangô, o Candomblé etc.
Em 1906, o escritor João do Rio lançou o seu centenário livro intitulado: “Religiões do Rio” que trazia o relato dessas várias religiões. Contudo, a primeira manifestação da Umbanda, inclusive registrada, se deu em Niterói/RJ, através do médium Zélio Fernandino de Moraes. 

Aos dezessete anos de idade, quando Zélio estava se preparando para servir as Forças Armadas através da Marinha, aconteceu um fato curioso: começou a falar em tom manso e com um sotaque diferente da sua região, parecendo um senhor com bastante idade. E essas mudanças de comportamento passaram a acontecer com mais frequência, o que a família denominava de “ataques”, haja vista que de um segundo para outro, ele tinha dores pelo corpo, falava e se comportava de modo estranho.

No início, a família achou que houvesse algum distúrbio mental e o encaminhou ao Dr. Epaminondas de Moraes, Diretor do Hospício de Vargem. Após alguns dias de observação, como não conseguiram obter respostas médicas ao que Zélio estava passando, ele sugeriu que o levassem a um padre para que fosse exorcizado. Assim foi feito, algumas vezes, mas também os exorcismos não lograram êxito, os próprios padres comunicaram que ele não estava endemoniado.  

Então, a sua mãe (D. Leonor de Moraes) o levou a uma benzedeira (D. Cândida) que incorporada por um Preto-Velho chamado Tio Antônio, lhe disse ele tinha uma grande missão na vida e que, através da mediunidade, teria que praticar a caridade.

Algum tempo depois, Zélio foi acometido com uma paralisia que os médicos não conseguiam tratar. Certo dia, estranhamente, Zélio ergueu-se na cama e disse: “amanhã estarei curado”. E assim aconteceu, no dia seguinte, ele se
Levantou e começou a andar, sem que a medicina pudesse explicar tal prodígio. 

O Pai de Zélio de Moraes, Sr. Joaquim Fernandino Costa, apesar de não frequentar nenhum centro espírita, já tinha o hábito da leitura de literatura espírita. Então, no dia 15 de novembro de 1908, por sugestão de um amigo de seu pai, Zélio foi levado a Federação Espírita de Niterói para participar de uma mesa branca (como era chamado o espiritismo de Kardec). Durante o desenvolvimento do culto, uma força estranha dominou Zélio quando os dirigentes da mesa estavam ordenando que espíritos de índios e escravos que estavam se manifestando se retirassem do local, por serem tidos como seres atrasados. O espírito que estava incorporado em Zélio perguntou o motivo dos médiuns ali presentes considerarem aqueles espíritos que estavam se apresentando como obsessores ou atrasados tão somente pelo fato de haverem se apresentado com a roupagem e os costumes de sua última encarnação. Os dirigentes, estupefatos com o espírito que falava através de Zélio, ordenou que ele também se retirasse dali.

Nesse instante, o espírito se identificou, dizendo chamar-se “Caboclo das Sete Encruzilhadas” (pois para ele não haveriam caminhos fechados) e deixou como recado que, a partir daquele dia, ele e outros espíritos de índios e negros, dentre outros, passariam a atender o povo necessitado de auxílio na casa do médium (para maiores esclarecimentos sobre como ocorreu essa fantástica manifestação, acesse este link: Zélio Fernandino de Moraes).

Infelizmente, faltou aos kardecistas a necessária humildade para compreender que os espíritos que estavam se apresentando, apesar de aparentemente simples, possuíam notória sabedoria e habilidade para ajudar o próximo. Assim, arraigados em dogmas e preconceitos infundados, perderam a chance de aprofundar a doutrina espírita e entender que nem todo espírito que se expressa com brilhantismo é evoluído, como também nem todo aquele que se comunica de forma simplória é atrasado.

Nesse sentido, há que se entender que os Caboclos e os Pretos Velhos já se manifestavam nos terreiros de Catimbó, de Candomblé e outros, mas ficou a cargo do Caboclo Sete Encruzilhadas a fundação de uma nova religião denominada “Umbanda”, com preceitos e fundamentos próprios, diversificado das outras, mas também com a sua base na manifestação de espíritos iluminados para a prática da caridade.

Zélio passou a atender em sua casa e, mais tarde, fundou a Tenda Espírita
Nossa Senhora da Piedade. Ele dedicou 66 anos de sua vida à Umbanda,
tendo retornado ao plano espiritual em 03 de outubro de 1975, 
com a certeza da missão cumprida.

Em sua homenagem, em cada dia 15 de novembro (Lei 12.644, de 16 de maio de 2012) a Umbanda é comemorada oficialmente e, lá dos planos de Aruanda, Pai Zélio certamente regozija-se ao olhar o grande exército Branco de Oxalá que, a cada dia, cresce mais no Brasil e no mundo (para melhor compreender a história, clique neste link Zélio Fernandino de Moraes.

 

umbanda origem origemEm verdade, a Umbanda é uma
religião ecumênica, pois todas as
religiões, ativas ou já adormecias,
estão representadas dentro do
ritual sagrado da Umbanda, como as
cristãs, hinduístas, egípcias etc. 

A Umbanda é formada pela união
de todas as correntes astrais 
que norteiam a humanidade
na busca da paz e do amor. 

Conhecer a Umbanda é conhecer
a simplicidade do universo!